MEDOS E METÁFORAS...

Quando eu disse que era amor, você sorriu;

quando eu falei que o nosso barco estava à

deriva, você saiu do convés;

quando eu falei que sem

você minhas noites

ficavam frias, você deu de ombros;

E o nosso rio se fez profundo e perigoso,

E a noite ficou doente, parecia morrer...

E essa porta de saída aonde vai dar?

Será que você ainda era a mesma pessoa?

Quem te fez hoje tão dona de si? – Serei eu?

Por que te farias libertares de ti mesma?

E os teus lamentos, quem depois ouvirás?

Agora partes assim, sem choro nem velas?

E aquele peso morto sobre as minhas caravelas;

que suportei calado por anos e anos a fio... Por nada?

Se eu te falasse que a noite lá fora é longa;

Você não conhece mais o caminho da volta,

que você só possui o ponto de partida

e que a rosa se despetala com o vento...

A sua viagem poderá ser dolorida.

E se houver uma pedra no meio

do caminho, e se não

houver o caminho?

Antes de partires,

repense o nosso

amor. Repense.

IVAN CORRÊA
Enviado por IVAN CORRÊA em 13/05/2010
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