Lembrando das horas perdidas.
ESTAVA SENTADO na noite
Frente ao computador
SOZINHO E NO ESCURO
Pensava eu nos prazeres
Nos que eu desejava,
Aqueles que surgem na hora
Ao esfregar-me sob a água morna
Na hora que eu quisesse,
os nomes exalavam poesias
os cantos
sempre que canto,
A longa jornada recomeça
A pele arrepia
O sangue toma os vasos
Meu sexo enrijece
Volta e meia lembro da primeira vez
Quando me fazia sentir tremores pelo corpo
Como crises só para fazer-lhe a vontade
Senti então desejo ao invés de raiva.
SEM MARCAR HORA
TUDO PARECIA UM SONHO
COMO NOS SEUS velhos TEMPOS
TER AMOR É como SONHar
Quando você me acorda nas horas perdias
esquece um só momento
O tempo para
e não há nada no mundo
que nos atrapalhe
nos murmúrios dos lençóis
ouvir essas palavras
de mim mesmo a lembrar de você
me fazem descer os dedos e a tocar
um tanto inquieto meu segredo
pois é quase a mesma hora
hora das horas perdidas
mas não esquecidas...
Abilio Machado. 042010.