Alma prostituída...

Abril2010.

Rasgo minhas roupas

O retrato teu em meus dedos

E sozinho vivo meio perdido

Nas lembranças que em mim resplandecem

Sinto a distância num sonho quase infantil

Me iludo falando com sua face descolorida

O tempo gastou a tinta que coloria o mundo

Sou um pobre louco desvairado

De coração ardente de saudade

Com lágrimas de medo

Desaguando em tropeços

E eu desnudo de paz

Nu em minha pele que verte

Sonhos, memórias, desespero

Minh’alma de paixão incansável

Prostituída a divagar

Nas noites insones

Gritando teu nome nos cantos

Vazios e escuros

Que são recantos preparados

Pela fuga do corpo teu...