Suplicio de Amor Eterno

Faço-me ouvir, tua voz em minha voz,

Cravada com ferro e fogo, em seu beijo fantasma,

Cravado em meu beijo, em seu beijo intimo.

Eu me faço existir do prisma de teus olhos,

Em meu capacete de astronauta,

E da aurora tímida do seu olhar,

Todas as noites, sob através da via Láctea,

Aparecer-te-ia, eternamente, se teu fostes.

Todas as noites de minha janela soletram teu nome imortal,

E às vezes meus gritos de suplicio, quando escurece,

E deste anseio, inflam-se em minha mente, memórias,

Há... Isso não.

Mais por muito tempo,

Mesmo dormindo no tapete de teus sonhos,

Atingem-me um raio, um desmaio, e uma dor insuportável,

Mas não, o suficiente para me extinguir.

E todas as noites, sob através da via Láctea,

Aparecer-te-ia, eternamente, se teu fostes.

E todas as noites de minha janela soletram teu nome imortal,

E me faço existir do prisma de teus olhos,

Através da infinita via Láctea,

Se teu amado, eu não for este, através da via Láctea,

Nunca serei aquele que retorna para te encontrar, eternamente.