O eco de um desejo
Quanto o desejo pode me absorver os sentidos?
Desdenhoso céu diurno,
ofuscou os meus olhos.
Só enxergo a noite,
através da íris negra dos teus.
Pelo vazio do meu estar só,
deveria eu expulsar o sol todos os dias?
Então a noite seria perpétua?
E tu surgiria de um beijo,
que me sugaria até a última gota?
Nessa falha de sentidos,
já nem sinto mais os meus pés,
A última gota de silêncio vagueia
por dentro de mim.
Eu quero gritar e ouvir o meu próprio eco,
trazendo de volta os meus sentidos.