VulcãO
Queima em crescente ardOr
Faíscas incandecentes
SOns ensurdecedOres
CamufladOs pelo silênciO
RompendO a superfície serena do lagO
Onde mergulham olhOs
InvadindO águas pacivas e límpidas
InteriOr efervecente
A ternura incendeia
Subjuga em um mistO
EfeitO de prazer e dOr
SubOrna e anarquisa
CoraçãO quase paradO
IntensO é este amOr
Arrasta à perdiçãO
Suplanta qualquer razãO
EsculpindO e petrificandO
CorpOs no ápice da paixãO
QuandO enfim saciadOs
Em cinzas serãO tragadOs
Para o interiOr do vulcãO
Um sÓ torpOr
Habita embevecidO
As prOfundezas do lagO
Reascende Outra vez a vida
RelâmpagOs num céu vermelhO
BordadO de estrelas
LembrandO olhOs aprisionadOs
Em tÓrridas nOites de verãO...