Vão-se os amores, mas nem tanto assim!
Vão-se os amores, mas nem tanto assim.
Ficam as lembranças e deixam deles pedaços em mim.
Permanecem os contatos e as saudades.
As boas memórias de dias vividos.
Vão-se os amores, mas nem tanto assim.
Ficam alguns cheiros preservados, como os do cachecol enrolado.
Permanecem os flashs de olhares e sorrisos.
As boas memórias das mãos entrelaçadas.
Vão-se os amores, mas nem tanto assim.
Ficam no gelo dos lençóis de hoje, a lembrança do calor do outro.
Permanecem guardados os e-mails e cartões.
As boas memórias do anelar das paixões.
Vão-se os amores, mas nem tanto assim.
Ficam seus nomes, suas vozes.
Permanecem no armário os vestidos de noite.
As boas memórias do rodopiar nos salões.
Vão-se os amores, mas nem tanto assim.
Ficam sós, ou mesmo acompanhados.
Permanecem no tempo dos dias vividos.
As boas memórias jamais nos deixarão.
Vão-se os amores, mas nem tanto assim.
Ficam esquecidas as brigas, as rusgas.
Permanecem distantes os dias maus.
As boas memórias são as únicas que mantenho em mim.