É Sempre o Sentimento

Velhas lanternas

Traçam o caminhar,

Deixando na lembrança

Apenas o breu dos avessos,

Ritos de um divagar

Eleito em raras fragrâncias!

Há uma centelha de quimeras

Irrigando o solo na arte de viajar

Por versos visionários, nascidos

No seio da poesia que se foi

Deixando um ato de sedução!

Tão somente um cálice,

Sublima o vinho feito violino

Solando a noite, hoje sem luar

E de um claro e insólito versejar

Descrito ao firmamento!

Onipresente sempre é

O décimo primeiro mandamento

Calando fundo n’alma, no âmago

Como um todo de tudo

Vindo do branco da folha

Ou da palavra erudita!

Auber Fioravante Júnior

06/05/2010

Porto Alegre - RS