O mais é nada

O mais é nada

Qualquer que seja o vôo, preciso de asas dispostas

De céu que acolha meus pesares,

São livres os teus sinais,

Espero que eu não pese nas asas do teu gostar

Sente-se a aprecie o vôo

Tão cedo passa enquanto olhas,

Tão jovem morrem os deuses

Do nosso sonhar

Quanto deles ainda me sobraram? Tudo é tão pouco!

Nada penso, mas às vezes acho que tudo sei.

Rondam-me os ventos e os teus olhos,

Será que sabem o que pensam os meus?

Mas calam

O que preciso saber é se olham ainda com amor

Se calam, mas olham-me

Isso é o que me basta

O mais é nada.