O POEMA SEM TITULO
O POEMA SEM TITULO
Todo poema deveria sim ter um nome
Mas calaram em mim todos os nomes, títulos.
Quando se iniciam frágeis letras relatando você
As paisagens de Monet se tivessem vida
Se desmanchariam ao te ver passar
Jamais seria capaz de rabiscar tua beleza em pinceis.
Beethoven nunca compunha em vida;
Se pudesse ouvir sua voz, faltar-lhe-ia qualquer nota.
E qualquer melodia se danificaria perdido em papeis velhos.
A rosa e todos os seus motivos secariam, assim como;
Todas as flores de Cecília Meireles diante do cheiro
Que exala dos seus cabelos por tudo isso ou aquilo...
Charles Baudelaire escreveria sobre vida se uma só vez
Pudesse olhar para você. Em seu poema tédio ele seria um
Cenário iluminado e vivo ao contrario de um cemitério estranho.
Chaplin não pintaria em seu rosto uma lagrima, nem usaria preto.
Melhor seria se pudesse ter passeado contigo nas ruas de Londres
Onde talvez fizesse até sol nas manhas frias e cinzentas de inverno.
Einstein seria o analfabeto da relatividade, se antes ele pudesse ver:
Que nada é relativo quando se tem a certeza de que o amor é o simples
Fato de acabar esse poema falando de como é certo e belo amar você.