Outros tempos

Quando me arranjo para visitar

Minha terra sinto uma brisa invadir

Minha alma, no meu cérebro forma-se

Uma revolução, uma mistura da razão

Com a emoção que nem sei explicar.

Quando chego à Rodoviária e ponho

Os pés na plataforma de embarque

O mundo se transforma, a vida

Começa a ficar colorida e retrocedo-me

A outrora que na prática não volta jamais.

No trajeto vislumbro paisagem pintada

Por Monet, muito verde, casas medievais

Pássaros de todas as cores...

Lembrança dos madrigais.

Na colina avisto a choupana de meus pais

Templo sagrado onde o amor germina...

As cabras a pastar... O cavalo a relinchar...

E sinto meu coração outra vez

Repleto de emoção que na sua terra

Natal acabou de chegar... Outros tempos

Tudo se transformou... Ah, que saudade dos madrigais...

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 08/05/2010
Reeditado em 08/05/2010
Código do texto: T2245471
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