Penso

Olho nos teus olhos invisíveis

E vejo lágrimas em pretéritos imperfeitos

De verbos conjugados em um passado secreto que todo mundo finge que não sabe.

E se te vejo sem te ver é porque ainda lembro-me de tudo,

Assim, quando penso em você.

E se te sinto como em um ontem tão distante,

É simplesmente porque está comigo transportado em sinapses telepáticas,

Assim, quando penso em você.

E só em pensar em você, te respiro, te encontro e te sinto,

Porque se te esqueço,

Perco-me!

Viro incógnita!

Andarilho perdido em ruas sem saída.

E quando penso em você, todos os dias em que amanhece um novo dia,

É porque é mais difícil te esquecer do que lembrar,

É mais difícil te ver do que sonhar,

Porque quando durmo,

Esqueço!

Mas, quando acordo

Volto a lembrar.