Anne,
sei ser você real, palpável e límpida,
qual água cristalina que banha-te o corpo,
que tão moreno reflete o sol que a percorre,
soluços dos meus ais a pouco morrem...
E meus olhos te fitam lampejados desejos,
Estremesse meu corpo, refletindo o medo,
Que palpita em meu peito, descompaçado,
Decorando-te de longe seu fino traçado.
Qual fruta madura, quero apanhar-te,
Qual criança mimada, á ti, colar-te.
Entre meus delírios e crescente volúpia,
Imagino-te banhando em meu suor,
E neste misto de sonho e realidade,
Declaro-me á ti por estas escolhidas letras.
Já fiz amor contigo em meus devaneios,
Embebi de seus licores e fartei-me,
Não saberia dizer ser eu o conquistador,
Ou o ser conquistado, embreaguei de ti...
E nos amanheceres que se suscedem,
Um sorriso, eternal, transparece...
Alecxander Christian L.