AMOR SEM LIMITES

Tinham a profundidade dos oceanos,

a fúria das ondas em sobressaltos,

e paixões delirantes que se extenuavam,

no tocar de corpos que se acariciavam,

e no seu findar a calma quase sonolenta.

Muitas vezes o amor queria só sorrisos,

uma calma como a brisa que vem serena,

e a onda do mar acalmando sua inquietude,

vem derramar na areia a paz tão desejada,

convidando uma criança para ser parceira.

Amor inquieto que não respeita latitudes,

limites tão longos quando entra em ebulição,

e os protagonistas das dádivas que derrama,

são serenos protagonistas dos palcos da vida,

pois se amam acima de todas as rejeições.

Uma troca de olhar que se inicia bem sereno,

como um botão de rosa abrindo pétalas macias,

e depois uma linda flor que derrama seus perfumes,

pode ser prenúncio de um amor tão esfusiante,

sem limites para alcançar todas suas plenitudes.

Assim deve ser o amor para não sofrer ranhuras,

calmo como o sól que já cumpriu sua jornada,

e preguiçoso cai sereno no horizonte bem distante,

jogando cores esfusiantes nas nuvens já parceiras,

e quem ama observa que os limites não existem.

07-05-2010