Vagueando em sua nudez... Poesia
São tantas as palavras que mergulham
Neste abismo branco de folhas,
Ora mentindo, por vezes omitindo,
Mas, sempre saltam sob meus olhos,
Formando os pilares da poesia,
São muitas, tantas,
Que as enredo confusamente,
Trocando suas vestes sumariamente,
Pondo-as nuas, cobiçadas, pedidas.
Ah, só que tu as merece,
Jogadas são ao teu encontro.
Hoje, exiladas, prendem-se as saudades,
Ao queimar dos olhos,
Antiga chama luminosa,
Que moldava aos tons, dando,
Fazendo com que os sonoros acordes
Soassem, quebrando silêncios,
Dando vida ao escrito,
A ti que por direito,
Este bem de amor feito,
Há de ultrapassar séculos,
Brilhante, de intenso calor,
Que para aqueles que aos olhos,
Dado tamanho privilégio,
Hão de se lembrar de mim,
Emoldurado, circundado por você,
No mais belo encontro deste século,
Desapercebidamente desfeito hoje,
Corrompido pelas necessidades consumistas,
Pelos valores que fazem a vida,
Uma mecânica extraordinariamente
Materializada pelo homem,
Onde fomos peças irrefutáveis.