Meus olhos procuram...

Meus olhos procuram andanças na noite.

Meus olhos se tornam imensos faróis...

Meus olhos procuram da noite o açoite

Onde o frio é castigo... - Onde estão os meus sóis?...

Meus olhos procuram por portos distantes

Onde eu, meu veleiro, o possa atracar...

Mas todas as praias me estão tão distantes!...

- E eu me recuso continuar a penar!...

- Estende-me a mão, marinheiro estranho!

Quiçá possa assim minha busca acabar...

Quem sabe os teus olhos haverão de me amar?...

Quem sabe outras teias e sonhos entranham

Nesta vida minha, que de tanto buscar,

Esqueceu que há outros olhos a me rodear?...

ESPERANÇA
Enviado por ESPERANÇA em 07/05/2010
Código do texto: T2242412
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