Amor imensidão...

Sim eu precisava sair, 
e tomar um ar,
porque o que tinha sido 
feito para ela,
com aquele amor e 
carinho 
agora era um nada, 
porque o Word 
havia levado tudo.
Todas as 
palavras que tinham
vindo naquela 
brisa, e que eram 
para ela  mesma...
agora traziam 
um cheiro 
de maresia.

Claro que eu ainda 
estava 
aturdido com
a perda de um texto 
que de mim saíra
para enaltecer 
aqueles 
ventos de noroeste,
que me batiam agora 
bem no rosto,
só para me mostrar sua 
força invisível,
ao mover meus cabelos 
num arrepio,
porque eu estava 
pensando 
nessa tua
imensidão...
que tinha 
bem lá 
no fundo
talvez um resto 
de solidão...
não de cem anos, 
mas talvez de uns 
tantos 
anos atrás.

E então percebi 
nos meandros 
de teu sentir
aquele mesmo 
desígnio de 
todas as estrelas:
esse teu desejo de 
não ser 
apenas uma estrela
a mais 
na grandiosidade 
incomensurável do 
universo...
onde o orbitar 
dependesse de se 
fixar...
e de gravitar como 
um relógio
sincronizado 
em um determinado 
ponto 
de toda imensidão.

E nesse momento
foi quando 
entendi 
que você estava
mais para o céu que 
para a terra...
e meus olhos 
que te olhavam como 
uma estrela,
perceberam 
que nossos passos
distanciavam-se.

Teus passos lá no céu.
Meus passos aqui na terra.
E entre nós ...
a grande imensidão.


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Autor: Cássio Seagull
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Poesia que fiz em 06-05-10 às 23 horas em SP
Lua minguante (1ºdia) – sol – 28 graus
Beijos e abraços para você...Boa sexta... 
cseagull2@hotmail.com
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