Embriaguez

Ao beijo

A gota se fez lua nova,

Desabrochando em véu,

Perfume e iguarias eruditas

Lamentando em sutilezas,

O cálice em serestas outonais!

O lábio

Ao gosto do vinho meio doce

Surge como néctar em favos,

Codinomes e missas sensuais

Possuem a pele em torpores,

O coração entregue ao insano!

Ao corpo

A paixão se fez encouraçada

Mexendo com a alma em sussurros,

Aflição e idílicas poesias

Fantasiam os toques em brilhantes,

A centelha exposta ao êxtase!

As mãos

Ao entrelace silencioso na penumbra

Deslizam suaves entre as montanhas,

Rios, grutas e o fogo em romarias

Sublimam os entalhes da seda,

O amor trilhando pela madrugada!

Auber Fioravante Júnior

28/04/2010

Porto Alegre - RS