Para além das milhas, existes tu!!
Para aquém da Bruma, existo eu!
E nesta distância ingrata,
pulsa um coração de lata,
num peito, que é o meu!
Quisera despertar em ti,
Por esse Portugal afora,
Na imensidão da estrada,
Assistiriamos, pois, juntos,
Ao romper de cada Aurora,
Ah! Que crueldade este Fado,
Que relê o meu destino!
Que me aparta, impiamente,
De tudo que me é desejado,
E em prostração plena, definho.