Para além das milhas, existes tu!!

Para aquém da Bruma, existo eu!

E nesta distância ingrata,

pulsa um coração de lata,

num peito, que é o meu!



Quisera despertar em ti,

Por esse Portugal afora,

Na imensidão da estrada,

Assistiriamos, pois, juntos,

Ao romper de cada Aurora,




Ah! Que crueldade este Fado,

Que relê o meu destino!

Que me aparta, impiamente,

De tudo que me é desejado,

E em prostração plena, definho.




 
Aguarela Matizada
Enviado por Aguarela Matizada em 24/08/2006
Reeditado em 04/01/2010
Código do texto: T224000
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