A MINHA IMPACIÊNCIA
Pacientemente
te espero, como sempre,
ao entardecer.
As ruas fogem dos instantes
mastigados pelo sol.
Os passos que por mim passam,
diferentes dos teus,
não lembram cheiro de rosas,
não param de mim defronte,
são de pés dos meus perdidos,
que vão e vêm sem sentido algum.
Impacientemente,
vejo a língua da noite
lambendo a calçada
por onde deverias vir,
apagando os meus rastros,
fazendo-me ser invisível
navegante da escuridão.
Os momentos já não me falam das horas,
o nada oblitera os meus ouvidos,
dói-me o corpo sob o peso da alma,
a minh'alma sofrida,
incrustada no peito,
já não tem saída
a não ser ouvir
os impropérios que clamo,
somente para não dizer,
às escondidas de tua ausência,
que te amo!
Odir, de passagem
Pacientemente
te espero, como sempre,
ao entardecer.
As ruas fogem dos instantes
mastigados pelo sol.
Os passos que por mim passam,
diferentes dos teus,
não lembram cheiro de rosas,
não param de mim defronte,
são de pés dos meus perdidos,
que vão e vêm sem sentido algum.
Impacientemente,
vejo a língua da noite
lambendo a calçada
por onde deverias vir,
apagando os meus rastros,
fazendo-me ser invisível
navegante da escuridão.
Os momentos já não me falam das horas,
o nada oblitera os meus ouvidos,
dói-me o corpo sob o peso da alma,
a minh'alma sofrida,
incrustada no peito,
já não tem saída
a não ser ouvir
os impropérios que clamo,
somente para não dizer,
às escondidas de tua ausência,
que te amo!
Odir, de passagem