Efêmera

Tão misteriosamente bela

Um dia a rosa pétala do amor

Em outro o espinho fere em dor

Noturnamente triste e só

Num dúbio e perigoso jogo

Traz à alma o ardor do fogo

E a vida por si efêmera

Um sumo de alegria sorvido

Sucumbe ao amor tê-lo vivido

Assim os dias tardam

Como retardam as noites

Que ardem tão sós e tristes

Até que seja a rosa da beleza

E a quimera ressurja na certeza

Um novo dia que a solidão se vá

02/05/10

São Paulo - SP