Labirintos

LABIRINTOS

Vejo prédios mudos

Ouço coisas absurdas

Arranha-céus

Porões imundos

Desenhos obscenos nos muros

Um sombra nas palavras

Que divide o berço

E satiriza o profano...

Vejo labirintos escuros

Amores em grades

Lábios em sussurros

Pela liberdade da alma

E da saudade...

A escuridão do vaga-lume

O profeta e o queixume

E a pimenta sem o ardume...

Mas...

Eis a força da mutação...

Vozes nos prédios

O real do absurdo

O toque nos céus

A saída dos porões

Desenhos da vida

O som da palavra

O balançar do berço

A fuga do labirinto

Amores e algemas

Lábios e beijos

Essências e flores

O túnel e o lume

O homem e o saber

Dois corpos e o ardor

Tudo em profusão

Em nome do idolatrado amor!

Tinga das Gerais

Mestre Tinga das Gerais
Enviado por Mestre Tinga das Gerais em 03/05/2010
Reeditado em 21/02/2014
Código do texto: T2235306
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