FÊNIX É MORTA

Um pouco de morte

me vinha.

Visita estranha,

sem preaviso.

Haveria festa amanhã,

pós carnaval.

Nas cinzas de um fogo

Ardido, cálido...

Ainda lembramos

da primeira marcha...

Braços abertos ao

último abraço.

Nossa meta de vida

meta(de) vida...

Fênix levou

ao seu ninho.

A parte dela, ora minha,

não posso deter:

Pediu-me...

Era a parte de vida

que eu tinha...

Mais minha que dela.

Foi num carnaval

quando nasci,

Numa quarta de cinzas,

metade morri.

Minha Fênix

É morta...

Preciso renascer

das cinzas frias...

Vilmar Daufenbach
Enviado por Vilmar Daufenbach em 03/05/2010
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