tela de Marck Chagall
NA VERTICAL INTENSIDADE DE SER
Gosto de você, menino,
sentado à beira de um fogão
morando no seu passado,
olhando o fogo com olhos de perguntas
ou correndo a pisar em folhas secas.
E elas estalam,
o vento ainda traz esses ruídos
nas tuas noites solitárias.
O vento sempre traz histórias velhas
assobia lembranças
e até fere o ouvido
com algumas tristezas...
Mas é bom ouvir o vento
que reconta a vida,
amarra tudo
e entrega em nossas mãos,
entrega as cenas intactas
e as faz desfilar diante dos olhos ,
aquentar a alma e até
fazer o corpo chorar...
Gosto de você, agora,
quando tanto já vivemos
e as nossas histórias, tão longas
se entrecruzam e saltitam
encontram aconchegos e
se encaixam em similaridades...
Gosto de você menino,
distraído e doce
guardado nesta aparente seriedade
abrigado em recôndito esconderijo
que entretanto logo se revela
tocado por mão amorosa:
se enrosca qual felino
e se faz manso e até
adormece nas nossas
expectativas...
e ronrona...
olhos semicerrados de preguiça...
E o vento a soprar histórias
do homem menino
faz ruídos nas janelas,
empurra a porta,
canta nas ramagens
neste maio recém entrado.
Gosto de você, mas sem pressa
de chegar, apenas indo...
Gosto de você, menino,
nossas vidas entrelaçadas
por invisíveis laços,
nossos amanheceres
prenunciando tardes
de sol acolhedor,
nossa insanidade
varando limites
em tresloucados
vôos na vertical,
e cavalgando essa
intensidade
de ser...
Voemos...
NA VERTICAL INTENSIDADE DE SER
Gosto de você, menino,
sentado à beira de um fogão
morando no seu passado,
olhando o fogo com olhos de perguntas
ou correndo a pisar em folhas secas.
E elas estalam,
o vento ainda traz esses ruídos
nas tuas noites solitárias.
O vento sempre traz histórias velhas
assobia lembranças
e até fere o ouvido
com algumas tristezas...
Mas é bom ouvir o vento
que reconta a vida,
amarra tudo
e entrega em nossas mãos,
entrega as cenas intactas
e as faz desfilar diante dos olhos ,
aquentar a alma e até
fazer o corpo chorar...
Gosto de você, agora,
quando tanto já vivemos
e as nossas histórias, tão longas
se entrecruzam e saltitam
encontram aconchegos e
se encaixam em similaridades...
Gosto de você menino,
distraído e doce
guardado nesta aparente seriedade
abrigado em recôndito esconderijo
que entretanto logo se revela
tocado por mão amorosa:
se enrosca qual felino
e se faz manso e até
adormece nas nossas
expectativas...
e ronrona...
olhos semicerrados de preguiça...
E o vento a soprar histórias
do homem menino
faz ruídos nas janelas,
empurra a porta,
canta nas ramagens
neste maio recém entrado.
Gosto de você, mas sem pressa
de chegar, apenas indo...
Gosto de você, menino,
nossas vidas entrelaçadas
por invisíveis laços,
nossos amanheceres
prenunciando tardes
de sol acolhedor,
nossa insanidade
varando limites
em tresloucados
vôos na vertical,
e cavalgando essa
intensidade
de ser...
Voemos...