QUARTO ANDAR

Por que me observas todas as noites?

...marcas da tua história visitam meus sonhos. Não dormiria nunca mais se tivesse a imortalidade que tu tens. E o poder de não saber amar. De onde vem essa música? E o perfume que sinto nos meus cabelos que me servem de máscara nesta noite nostálgica e sombria? Não é o meu perfume. Deixa-me em paz por um segundo para que eu possa voltar a respirar o ar da poesia que me fazia querer vir à tona com mais pressa. Onde aprendi a te querer com essa força? Dá-me o adeus que não tenho para ti. Desativa-me. Paralisa-me. Joga-me de vez no mar escuro dos sentidos inúteis. Das paixões vãs e do amor guardado para nada. Proteja-me de ti para que eu saiba.

De vez

Que nada poderias me oferecer.