AMOR
Ah, esse amor indecente,
pervertido, incomum.
Cheio de ais, lençóis revirados,
arranhões na boca, pele mordida.
Dores íntimas saradas as pressas
na brasa de efêmeros carinhos.
Ah, esse amor pertinente
Tatuado a fogo, transbordado de ti.
Amanhecedor de luas, desfazedor de horas,
Infinitamente necessário.
A mão não nega o desejo do gozo
e o beijo confirma o sabor de quero mais.