AMOR

Ah, esse amor indecente,

pervertido, incomum.

Cheio de ais, lençóis revirados,

arranhões na boca, pele mordida.

Dores íntimas saradas as pressas

na brasa de efêmeros carinhos.

Ah, esse amor pertinente

Tatuado a fogo, transbordado de ti.

Amanhecedor de luas, desfazedor de horas,

Infinitamente necessário.

A mão não nega o desejo do gozo

e o beijo confirma o sabor de quero mais.

Herivaldo Ataíde
Enviado por Herivaldo Ataíde em 01/05/2010
Reeditado em 03/05/2011
Código do texto: T2230043
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.