Aparentemente, amor.

Eu tenho um sentimento escondido,

que eu ainda me esforço em tentar esconder.

Mas a cada dia, percebo meu esforço falho,

pois ele me aparece em tudo o que eu faço...

eu tenho um sonho bem guardado,

onde a alma espera a ele rever,

onde os olhos esperam a sua visão,

onde o corpo deseja o seu abraço.

E isso pode até ser, aparentemente, amor.

Eu tenho ilusões imensuráveis,

eu carrego na alma a imagem de meu bem-querer.

Imagem que vem de velhas memórias, de simples palavras,

mas que são seu riso, sua paz, sua lembrança.

Eu posso senti-lo em velhas melodias,

e sei que nada mais que eu possa fazer

mudarão tudo o que me invade, me toma, me possui

ainda que seja um rasgo imperceptível de esperança...

Quer poderia ser chamado, aparentemente, de amor.

Amor, aparentemente, amor.

Amor que não posso tocar e nem ao menos ver...

Posso ler, sentir, posso ouvir, posso acreditar

nesse redemoinho de tantos outros intrínsecos sentimentos...

Mas eu hei de encontrar esse sonho,

eu hei de realizá-lo, pode escrever!

Ainda que, quiça, ele seja para sempre,

ou que sejam poucos -mas intensos - momentos...

Mas que sejam momentos de um, aparentemente, amor.

Thaís Soledade
Enviado por Thaís Soledade em 29/04/2010
Reeditado em 29/04/2010
Código do texto: T2227723
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