Passeia em Meu Corpo

Não seja para mim

O último pôr-do-sol

Ou a chuva brava

Que, insensível, passa

Deixando a minha tarde

Vazia...

Prefiro sua invisível

E confortável companhia

- Sabendo que um sentimento

Ainda existe -

À ilusão insalubre

De aceitar o mundo

Como ele é.

Passeia outra vez

Em meu corpo,

Nascer-do-Sol!

Serei seu céu

De norte a sul

De leste a oeste

Azul, azul!

Não por um dia

(que é pouco)

Mas para sempre

Enquanto eternidade

Houver

Caco Nemer
Enviado por Caco Nemer em 05/06/2005
Reeditado em 05/06/2005
Código do texto: T22275