INFINITAMENTE
INFINITAMENTE
Paulo Gondim
28/04/2010
Desnudo-te com meu olhar sutil
Com investidas bruscas, incontidas
Rebusco meus sinais, em forma vil
Disfarço, camuflo-me em outras vidas
Penetro em tua carne, como parasita
Ponho-te inerte, como vírus fatal
Que se aloja, como nefasta visita
Ausência do bem, presença do mal
Faço em, tua pele, cicatrizes fundas
Marco teu rosto, deixo-te à sorte
Desejo-te, com vontades imundas
Tomo as rédeas, encontro teu norte
Faço-te mulher, mostro-te a vida
Amo-te infinitamente até a morte