São Traços Meu Amor, São Meros Traços… (à minha diferença genética)
Que me separam de Ti
Que separam o que sou geneticamente
E que nunca irei deixar de ser
É apenas uma linha
Que me difere imensamente de um mundo
Do qual fazes parte
O qual eu amo
Mas do qual tenho tanto a temer…
Pois não sou igual a nada
E nunca o serei
Faço parte de duas realidades
Mas não me sinto em nenhuma delas
Não me sinto bem em lado nenhum
Excepto quando mergulho na minha cabeça
Quando lá me encerro
Criando coisas que ninguém gosta
Ou que pouca gente irá gostar
Esses são os meus mundos
Embora de uma forma incondicional
O vosso gostava de abraçar…
Mas depois…
Se consolidado este desejo
Muito depressa
Depressa demais
A normalidade iria amaldiçoar
Pois eu movo-me num tempo
Quase aleatório
Física e mentalmente
Tenho necessidades
Fora do vosso tempo
Fora da vossa realidade
E é assim por esta razão
Algo complexa
Mas duma linearidade absoluta
Que nunca serei na integra um de vós
Que nunca ninguém me irá entender
E assim não deponho as armas
Não dou por perdida
Nenhuma guerra, nenhuma batalha
Pois só a um amor único
Que aparece uma vez na vida
Ou à Eternidade
Me irei render…