São Traços Meu Amor, São Meros Traços… (à minha diferença genética)

Que me separam de Ti

Que separam o que sou geneticamente

E que nunca irei deixar de ser

É apenas uma linha

Que me difere imensamente de um mundo

Do qual fazes parte

O qual eu amo

Mas do qual tenho tanto a temer…

Pois não sou igual a nada

E nunca o serei

Faço parte de duas realidades

Mas não me sinto em nenhuma delas

Não me sinto bem em lado nenhum

Excepto quando mergulho na minha cabeça

Quando lá me encerro

Criando coisas que ninguém gosta

Ou que pouca gente irá gostar

Esses são os meus mundos

Embora de uma forma incondicional

O vosso gostava de abraçar…

Mas depois…

Se consolidado este desejo

Muito depressa

Depressa demais

A normalidade iria amaldiçoar

Pois eu movo-me num tempo

Quase aleatório

Física e mentalmente

Tenho necessidades

Fora do vosso tempo

Fora da vossa realidade

E é assim por esta razão

Algo complexa

Mas duma linearidade absoluta

Que nunca serei na integra um de vós

Que nunca ninguém me irá entender

E assim não deponho as armas

Não dou por perdida

Nenhuma guerra, nenhuma batalha

Pois só a um amor único

Que aparece uma vez na vida

Ou à Eternidade

Me irei render…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 28/04/2010
Reeditado em 28/04/2010
Código do texto: T2224193
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