CARÊNCIA

Carência

Às vezes a gente ama

E acha que está sendo amada

Às vezes a gente reclama

Ou então fica calada

E em um gesto atordoado

Por um instante a gente

Sai do sonho tão desejado

E cai na realidade existente

E quando percebe a verdade

Que nem mesmo naquele poema

Feito com a maior veracidade

Nada foi levado a sério, que pena!

E todas as declarações melosas

Foram apenas palavras ao vento

E a gente se pergunta amorosa

Vale a pena tê-lo no pensamento?

Mais o corpo quer ser abraçado

E pede pra não ficar mais sozinho

A boca anseia um beijo demorado

A alma suspira por falta de carinho

M@ José

26/04/10