As águas que, às vezes, choro.
As águas que às vezes choro...
É um suspiro meu!
Espumas misturando-se
Em círculos lentos...
É este meu horizonte
Sem os limites do amanhecer
Quando acontece
Desamparado dos ventos.
Realidade que sai da vida vazia
Escorrendo pelos cantos...
Como gemidos apressados
Em toque de água fria.
A mão não se confunde!
Sorve mistérios pelos poros,
Onde nenhuma realidade alcançaria
A água que, às vezes, choro.
Quando os agrados são sinceros,
Submetem mãos, amor e a rotina que se fazia.
Espumas formando-se num ventre livre,
Encantos, que só em você existia!
De Magela
(Livro V - Metáfora)