O SEMEADOR

Procurava exercer fascínios bonitos,

semeando amor sem se entregar,

mesmo que extenuado ficasse,

pois tinha propósitos e seus ideais,

juramentos que jamais desistiria,

em função de ser um semeador.

Onde passava jogava sementes,

em terras estéreis, não importava,

pois uma delas certamente brotaria,

mesmo que encontrasse resistências,

diante de amarguras que encontraria,

principalmente de ódios e injustiças.

Seu propósito era semear paz e amor,

jamais se compactuar com falsidades,

abundantes por existirem vaidades,

tão próprias da humanidade perversa,

que passa ao largo ao ver uma criança,

chorando de fome e não ter o que comer.

Vaidade perversa ao ignorar o velhinho,

que criou filhos e agora está abandonado,

solitário, tão triste, só existindo saudades,

de quando moço e se recorda quanto era feliz,

tendo vitalidades e sorria de suas proezas,

só que agora nem um cantinho lhe resta.

Mesmo assim o semeador não descansava,

e numa terra boa e cheia de nutrientes,

plantou sementes que germinaram tão lindas,

flores encantadas que espalharam perfumes,

e um amor intenso se propagou pelos corações,

dos que souberam captar seus ensinamentos.

24-04-2010