Claustro
Hei de valer-me de ti quando eu souber viver,
desaprender de sofrer e viver lúcido,
não desacreditar onde não há descuido,
nem me importar saber do podre fruto por ti jogado fora.
Mais vale dizer que te acredito
ainda que de mim eu desconfie
respondendo à ira no que nada vi
certo de estar errado em tudo.
É assim que deve ser o meu olhar,
longe de imitar no que no teu se abriga
ouvindo a inaudível voz do meu ciúme.