O labirinto do amor
Os olhos não tinham certeza
e os passos
pareciam vacilar!
...Mãos trêmulas, suadas, querendo ... encontrar
algo para se
Apoiar... o toque,
um toque!
O desconhecido ...
A cada virada...
uma
novidade...
Não há pistas! Não
fazem,
não queremos!
Não quero!
Quem quisesse encontrar
uma saída teria
que ir até o fim. Não era o medo
que assustava, não... Ao contrário,
o
medo neste interim, era o
objeto de prazer,
por que
o que se pode achar,
na
passagem
seguinte,
senão
a surpresa do novo?! E de novo, sensação
estranha
de querer chegar, sem por um
fim.
Pra que fim?
O meio...
Os entretantos ...
são duas almas
descobertas
de labirintos!
Querem ir, Querem ser... mas
não querem
chegar! Se parar, prolonga a
curiosidade
e devagar,
enche-se de
vontade,
pra não esvaziar!
O vazio anuncia o fim.
O esvaziamento
é também um sinal de esfriamento
e chegada do cansaço. Daí não por fim
em algo que se está formigando no monte!
Queimando
as chamas e
acendendendo esse fogo,
cujas brasas vivas nos ardem por todo ser.
Não, nesse labirinto
não devemos parar! Se paro esfrio!
Se pararmos,
esfriamos!
Ainda prefiro ir uma só vez até o fim,
apenas
uma vez,
mas
alcançando a saída com satisfação;
Porque
encontrei
qualidade nos corredores e desviei-me
do
desconforto
das noites de espera...
Sabe,
não tenho pressa
de chegar
ao lugar comum!
Afinal,
amanhã
nem vou trabalhar...
Prome to pedir
um café pra nós dois...
Continue, não pare... a saída
não
é por aí ... um carinho depois .. amanhã!
Outras leituras:
Maitê Luna – minha filha.
São Paulo, 24/10/20010