A CERTEZA DE UM TALVEZ

O tempo não esperará

O mundo que segue em frente

Caminhos vão e voltam

E nem sempre pela mesma rota

Que nos conduz ao sonho

De um sono mal dormido

Com a serenidade de uma rosa

Na certeza de um talvez.

Estrelas que se apagam

Sentimentos desgovernados

Suando nas entrelinhas

De um refrão sem rima

Um minuto é como um século

Se o tempo for embora

Levando as cicatrizes

Da certeza de um talvez.

Eclipse preso as nuvens

Unindo sol e lua

Ensinando-me como amar

Na decência e inocência

De uma primeira vez

Fazendo-nos sentir o amor

Na real plenitude

Da certeza de um talvez.

A chuva lavando os pecados

Que estavam adormecidos

No calabouço das lembranças

De uma mente perturbada

Por amor, por qualquer coisa

Que conduza ao hemisfério

Da certeza de um talvez.

A luz matinal expulsando

As trevas impregnadas

Nas ações impensadas

Que naufragaram na maré

Soterrada pelas dúvidas

Esquecidas pela paixão

E salvas pelo real amor

Da certeza de um talvez.

Antonio dos Anjos
Enviado por Antonio dos Anjos em 22/04/2010
Código do texto: T2213343
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