Amor em Ribaltas

Das flautas a magia

De uma noite de ribaltas

Surgindo lá no horizonte

D’onde o sol adormeceu,

A lua clareou os céus

E o olhar do firmamento se fez poesia!

Ao relento,

Desliza cristalina a gôndola

Tatuando nas águas um ébrio de alma

Em cada verso ali rabiscado, saboreado

Ao lado da loba inspirando lírios e nostalgia!

No leito,

O peito exprime, a mão afaga,

Cala o tempo no baile do pranto,

Nascendo baixinho feito botão

Abrindo-se em quimera flor!

Em canduras faceadas

Acontece a purpurina,

Espalhando pelo colo a divina palavra

Que renasce em goles bebidos

Nos lábios amanhecidos, no véu!

Auber Fioravante Júnior

21/04/2010

Porto Alegre - RS