Sombras de Saudade

Na lareira,

Aquela velha canção

Das brasas lançando codinomes,

Aquecendo o corpo, despindo a alma

Em suspiros alquímicos aos versos

Sutis como o alçar das velas...

Ontem idílicos, hoje bucólicos!

Pela janela,

À noite e a madrugada se encontram

Num passeio de cadentes estrelas,

Cúmplices na terra de um caminhar

Por um céu de oliveiras,

Brotando em juras...

E por caminhos hoje saudosos!

No persa,

As cordas do coração

Ecoam em lamurias ritmadas,

Querendo tango despontando sussurros,

Mestres dos compostos ensejos

Entrelaçados entre si...

Aqui plantados, aqui colhidos!

Pelo tempo,

A aurora dos elos se fundem

Viajam dentre litorais exuberantes,

Buscando em toques o navegar das brumas

Eleitas joias fantasiosas,

Desejadas pelas paredes em sombras...

Agora somente palavras em um poema!

Auber Fioravante Júnior

20/04/2010

Porto Alegre - RS