A chuva da alma

A chuva corre entre linhas

Na janela de meu quarto asombrado

Pelas sombras do passado já distante

Das perdas, da saudade, do amar sem ser amado

Os trovões da minha alma me atormentam

Me deixam seca por dentro, da chuva lá fora

Poças de lama me pesam no peito

Lembrando a alegria de outrora

Ah, alma, por que me atormentas

Se a tormenta lá fora implora

Pelo sabor dos seus lábios, cálidos,

Cálice do desejo em mim aflora

Castiga-me a solidão dia e noite

Por que me impedes de sobreviver ?

A chuva que cai me faz mais triste

Então só me resta sofrer ?