Amor eterno
Foi a ti que escolhi
Para o meu jardim tornar encanto
Este amor que descobri
E que, sem censura me envolvi.
Para dividir minha vida
Num amor de cumplicidade
És a pessoa por mim escolhida
Para eu amar de verdade.
Como o vento que passeia
Ao leo, sem porto nem morada
Assim, o amor me trapaceia
Ao lembrar-me da namorada
Que um dia jurou eterno amor
A este ingênuo poeta
Tal qual covarde beija-flor
Que a flor, com o bico espeta.
Por que falo de um amor passado
Usando verbos no presente?
Não estaria sendo inadequado
Ao escrever erroneamente?
Logo explico, em calmaria
De forma simples e convincente:
É que, quem alguém amou um dia
Assim permanecerá, eternamente.