A Meta

Ah, a meta na certa não existe mais!
A meta de uma seta que não acerta mais
A seta acertou seu alvo, mas pensou demais

Fingiu que não viu quando atirou
Uma seta que acertou,
Mas agora não atinge mais

Nada a ver, vidas opostas,
Medo da morte
De sorte que, numa reta
essa seta a meta não atinge mais

A meta que esperou para acertar,
Mas na certa o alvo estava errado,
errou por descuido,
Contudo e, sobretudo
agora encontra-se a salvo de tudo

Alvo errado, dia errado não acontece mais!
Ah, na certa aquele alvo não acerta nunca mais!

Sempre a meta que quase nunca acerta,
mas na certa já esperava por isso...



Nota: Poema inspirado na linda música do cantor e compositor Paulinho Moska A Seta e o Alvo
http://www.youtube.com/watch?v=nxhzmCUvkcU

"Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente."
(Clarisse Lispector)
Ariadne Cavalcante
Enviado por Ariadne Cavalcante em 22/04/2010
Reeditado em 14/08/2010
Código do texto: T2211617
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