Amor amor
O poste aceso na noite sombria
Debaixo da marquise deitado a espera de luz
O cabisbaixo bêbado, sonhava feliz
Era o tempo de amor, amor
Os olhares flutuavam e as pernas tremiam
O gosto da cerveja diluidamente sóbria
Quanto ao causo do desalinhar as blusas,
Eram todas sempre musas
E da vida, cedeu a tudo, flores, diamantes, viagens, carros, apartamentos,
Mas a bebida, sua lida, foi-lhe tirando até as malas de couro,
Vendidas no último inverno rigoroso,
Não lhe faltava nada,
O amor sólido drenado, ao sabor da cachaça
Fez a desgraça de vida dar a partida,
A paixão fluiu com os raios de luz da manhã mal dormida,
Acorda mendigo, vai fazer ponto no porto do outro
Fora daqui, havia uma lembrança de amor.