Ah! Quanta saudade a vida nos traz...

Ah! Estes “impossíveis” que queremos

E a vida não nos quer dar...

Essas dores silentes

Que se transformam em lágrimas quentes

Nas noites sem luar...

Ah!... Como dói a lembrança

Dos queridos que se vão

Para não mais voltar...

E fica latejando a saudade

E a vontade de vê-los

E, de novo, os beijar...

Ah! Este grande amor que acompanhou-nos na vida

E hoje é esperança sentida

Com gosto de quem não vai mais voltar...

Ah! As grandes tolices cometidas

Em nome do Amor que aqui já não mais está...

A porta da casa continua sem trinco

E, quando o vento a empurra,

Eu corro à porta, descalça e nua,

Esperando que vás chegar,

Mas é o vento, triste lamento,

Que me faz acordar...

Quero, de novo, sonhar com as chegadas!...

Um vulto que eu via de longe

E me esperava nas manhãs de inverno ou de verão

E quando me via, me tomava nos braços...

Quero esquecer, de novo, todas as partidas,

Onde minhas lágrimas rolavam... Mas havia a esperança

De novas chegadas!... E agora... Nem isso tenho!...

Vivo da insegurança

Tendo apenas lembranças

E saudades...

Um banco de madeira

À sombra de uma acácia em flor

Em meio a um jardim...

Ah! Estes “impossíveis” que queremos

E a vida não nos quer dar...

Essas dores silentes

Que se transformam: são lágrimas quentes

Em noites sem luar...

ESPERANÇA
Enviado por ESPERANÇA em 21/04/2010
Código do texto: T2210136
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