O Vento e as Cortinas
O VENTO E AS CORTINAS
Em lençóis perfumados
Corpos moldados
Esculpidos pelo vento
Que em madrugada fria...
Passa pela cortinas
Mudas e inertes na janela
Que à espera do sol
Olha para o jardim
Contemplando a algazarra dos pardais!
O vento assopra almas
Que encantadas de tanto se amarem
Se abraçam para o calor...
E lá as cortinas
No leito as sinas
Flores no vaso
Taças vazias
Roupas pelo chão...
Tapete gelado
Silêncio quebrado
Cenário montado
Amantes em ação
O vento dirige a peça
As cortinas se abrem
O amor recomeça
Aplausos para a paixão!
Tinga das Gerais