Claves Românticas
Suave e confortante
Como brisa de outono,
Foi ouvir em raras escalas
O tom do aço em insinuantes lamentos,
Oitavas quase intermináveis
Refletindo em meus versos
A introspecção da luz,
Vagando em harmonia
Com as águas de Netuno!
Sem amarras
Deixo-me levar pelos ventos no norte
Movendo moinhos, deflagrando ninhos
Em claves místicas e sedutoras,
Feito espelhos da alvorada
Nos olhos de mel!
Em baluartes,
Adentro pelo soar dos pífaros
Revelando-me a pele lacrimejada,
Flor aveludada abrindo-me em cascata,
Inusitado versejar embriagando a alma,
O sabor de amor pelo coração!
Pelas centelhas
O derramar em amiúdes gemidos,
Imprimindo por transes e entranhas
O belo devaneio do silêncio
Entre luas e galáxias
Eminentes ao sublime dos elementos!
Auber Fioravante Júnior
19/04/2010
Porto Alegre - RS