Vestindo-me de Poesia
Inebria-me
Enamorado verso,
Intua-me dentre as malhas do sentir
Louvando pelo cálice o degustar das uvas,
Sendo eu letra vestindo minha fantasia!
Neste instante sou magia
Arremessado pela brisa que me sublima,
Ao estreito da ferida pulsando viva
Dentro desta esfera cálida, altiva,
Porque aqui eu também sou poesia!
Num calar metódico sou poeta
Riscando melodias em prosa
Dirigidas ao corpo em melancolia
Manipulando a harpa do dia a dia,
Eu na entrelinha sou sinergia!
Disfarçado em preces sou agonia
Versejando uma palavra
Por vezes não minha, mas da estrela
Guiando-me ao rubi de outrora,
Sob o luar da manhã sou esperança tímida!
Auber Fioravante Júnior
18/04/2010
Porto Alegre - RS