Distância e Demência do Amor

Tua sensualidade me desvaneces, tua pose me enlouquece

Aflijo-me em fugir de tua beleza, embora de uma única vez

Envolvendo minha visão, tua sombra me dá razão

Torturando meus pensamentos

Transpassando as mais imponentes paredes

Não me canso de olhar e fingir que não vi nada

Apenas me canso de desistir

Retorno ao teu domínio, me entrego por completo

É em vão persistir em dizer que sou forte

Com laços? Apertaste-me num simples conto de fadas

Torno-me um mero conto de fadas, pois nem à tona me trouxe

Vivo tua beleza, pela surpresa mais uma vez

Impregnas-me com tua desenvoltura nas veias noturnas

Canto a ti, sonetos de amor

Embora me encontre aprisionado numa grande mó

Ainda te busco, ainda te procuro, ainda te vejo, ainda me perco

Embora viva, ainda me sinto insano pela distância

Então agradeço por minha mente vagar no não inusitado

És minha inspiradora de grandes poemas

Num simples piscar de olhos em ti

Escrevi este grande poema

Acabei por escrevê-lo olhando uma imagem

Que, embora distante, me inspirava com a grande beleza de teu olhar

Em sonhos permanecerei, ao lado deixarei o travesseiro gelado

Basta-me impor um simples papel, à tua foto merecer

Essa mera distância, embora tão visível, me transformo

O real me sufoca por ser vivo em minha mente

Tua beleza me envolve