Adeus, Alma Sem Cor!
Conheço alguns medos
Insistem num outrora me deter
Percorrem pensamentos,
Como tragos de um vinho sorver
Atalho sombrio, fundo de rio
Sem vida, luz ou paisagem
Quando a alma sente o frio,
Voa e busca cores na margem
Ela se parte aos pedaços
Entristece noites blues tão belas!
Abstrai do sonho raros traços
Nos olhos do amor às sentinelas
Dizei-me, alma minha,
Quais murmúrios os segreda?
Fico a pensar no mal quando te calas
Se falares, tens o brilho rutilante da dor
Saiam os medos, incertezas... Vago-os!
Num florir, danças... Pensamentos traga-os.
Num arco-íris de cores sem lamentos,
Ébria de amor...
Adeus, alma sem cor!
17/04/10
São Paulo - SP