A IDOLATRIA DO AMOR

Como todo o grande amor,

o qual se enreda na ternura,

e sutilmente pela formosura,

nutre um confidencial ardor

Já não lhe basta à sutileza.

Sente uma obrigação atroz,

e acaba tal como o albatroz,

que só alça vôo na certeza.

Uma performance indomada,

faz do amor a clarividência,

e mesmo com a sapiência,

de saber-se a mais amada,

restaura uma nova idolatria,

em um querer mais rigoroso,

tornando-o também formoso,

bem mais além do que devia.

Marco Orsi

17.04.2010