Dama

A dama que fuma,

Sentada sobre o braço,

Em violão trastejo, em dia,

Em noite imendada com o dia,

Sempre a ler sua cabeça,

A moça de delicadeza,

Voou notas de alem mar,

Ou do fundo do cerradão.

Fumaça de dama e viola na mão pesada da dama.

Fumaça e de noite uma bruma,

Um sorriso e tudo noite em pluma,

Acordar colchão e ter olhos de olhos tão belos,

Ver em remelos ângulos e desejar sorrisos e mais e na gula

Desses dentes de brilho cigano,

Passa-me o ano,

Não mais recordo estação.

Dama de ventos da espiritual defesa,

Dama em toada selvagem de cordas,

Violão de laço,

Tem o leve tema e na virada um traço,

Olhar de “Faço”,

Fúria de “sou filha e grande”,

O valer de imagem eterna ação de ori forte,

Tendo o mais caloroso amor.